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10 Nov 2025 | 3 minutos • Newsletter

O princípio da gangorra

A importância do equilíbrio entre a sua competência e os desafios que você assume

Ingrid Machado

Ingrid Machado

Engenheira de computação, especialista em engenharia de software. Autora deste querido blog.

Image de capa do post O princípio da gangorra

Este texto foi originalmente publicado na Trilha de Valor #110: O princípio da gangorra, que foi enviada no dia 06 de agosto de 2025. Para receber a newsletter na sua caixa de entrada, inscreva-se aqui.

Ainda estou lendo o livro “Agilidade emocional” e cada capítulo que leio parece que vem no momento certo. A coincidência atual é o conceito do princípio da gangorra. Já tinha comentado em outra edição sobre os meus desafios atuais e conhecer esse conceito agora pareceu muito oportuno.

O princípio da gangorra diz que precisamos encontrar o equilíbrio entre a competência excessiva de um lado e o desafio excessivo do outro. Esse equilíbrio é importante porque nenhum dos dois lados em excesso nos permite ser emocionalmente ágeis.

Quando estamos do lado da competência excessiva, podemos ir para o piloto automático e nos desconectarmos do que fazemos. Aposto que você já passou por uma situação parecida. Quando estamos muito confortáveis e não sentimos que o que fazemos nos desafia, começamos a ter a sensação de que está faltando algo e buscamos uma mudança.

Trabalhar apenas com tarefas que não nos desafiam é um bom exemplo desse lado da gangorra. Estar continuamente responsável por demandas que não exigem qualquer tipo de esforço para concluir é muito cansativo. Mesmo quando a gente gosta de ficar em situações confortáveis.

Eu mesma sempre vou em busca de algum processo para melhorar no trabalho quando sinto que estou num momento mais calmo. Esse é um processo que eu faço através do job crafting, inclusive.

Em certas áreas da vida, no entanto, existe algo que pode ser definido como ser “competente demais”. Quando passamos a fazer bem demais uma determinada coisa, podemos rapidamente ser conduzidos inconscientemente de volta para o piloto automático, reforçando não apenas o comportamento rígido, mas também o desligamento, a ausência de crescimento e o tédio — em resumo, paramos de prosperar.

Quando estamos do lado do desafio excessivo, nós podemos estar nos expondo a situações como o burnout no trabalho. Trabalhar em demandas de alta complexidade todos os dias ou estar sempre em reuniões discutindo problemas além da nossa capacidade pode parecer o que precisamos para evoluir, mas dar um passo maior do que a perna é a receita para o desastre.

Ninguém deveria ter a capacidade de viver sendo exigido além do que consegue fazer e lidar bem com isso. Viver sempre estressado e sem saber o que fazer não é saudável e acho que, mesmo nos permitindo passar por situações do tipo, todos nós sabemos que isso é verdade.

Nesses casos, eu gosto de pedir ajuda, algo que não fazia no passado e me arrependi. Ser um bom profissional não significa fazer tudo o que cai no seu colo, principalmente se é algo que você não tem conhecimento suficiente para fazer. Mas isso não significa que podemos apenas deixar de aceitar o que parece além da nossa capacidade. A ideia do equilíbrio é ir avançando aos poucos, aumentando a complexidade progressivamente e passando para o próximo desafio cada vez mais confiante e confortável com o desconforto.

Nos nossos relacionamentos, na nossa vida criativa, no nosso desenvolvimento pessoal e no trabalho, podemos promover esse avanço de duas maneiras — expandindo a nossa amplitude (o que fazemos: as habilidades que adquirimos, os assuntos sobre os quais falamos, as possibilidades que exploramos) e a nossa profundidade (quanto somos competentes no que fazemos: a qualidade da nossa atenção, o nosso nível de envolvimento com o mundo).


Gostei muito de conhecer esse conceito no momento profissional em que estou vivendo. Por mais que goste de aprender e ser desafiada, é importante lembrar que devo respeitar os meus limites. E também lembrar que momentos de calmaria são importantes para enfrentar os próximos desafios.

Até a próxima!

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