25 Ago 2025 | 3 minutos • Newsletter
Diferença entre metas
Como lidar com cada tipo de meta
Ingrid Machado
Engenheira de computação, especialista em engenharia de software. Autora deste querido blog.
Este texto foi originalmente publicado na Trilha de Valor #106: Diferença entre metas, que foi enviada no dia 11 de junho de 2025. Para receber a newsletter na sua caixa de entrada, inscreva-se aqui.
Estou lendo o livro “Agilidade emocional” e acabei de passar por um capítulo que fala sobre a diferença entre as metas. A autora separa as metas em dois tipos:
- Metas que envolvem querer fazer alguma coisa, que refletem o interesse e os valores genuínos de uma pessoa
- Metas que envolvem ter que fazer alguma coisa, que são impostas
Já falei anteriormente sobre os diferentes tipos de motivação e essa diferença entre as metas está diretamente relacionada com o espectro que apresentei nesse texto. Quanto mais intrínsecos são os nossos motivos, mais motivados vamos estar para concluir as nossas metas. Metas impostas, apesar de factíveis, não são tão fáceis ou prazerosas de concluir, justamente pelo aspecto extrínseco.
“As metas que envolvem querer fazer alguma coisa refletem o interesse e os valores genuínos de uma pessoa (os “porquês” delas). Perseguimos esse tipo de meta por causa do prazer pessoal (interesse intrínseco), por causa da importância inerente da meta (interesse identificado) ou porque a meta foi assimilada à nossa identidade básica (interesse integrado). Mas o mais importante é que essas metas são livremente escolhidas por nós.”
No momento, consigo fazer uma clara distinção entre as minhas metas. Estamos no inverno e, por isso, fica mais difícil dedicar tempo durante o dia para focar em muitas atividades. Com isso, percebo que não tenho o mesmo rendimento que estava tendo no final do ano passado, por exemplo. Mesmo assim, foco para concluir tudo o que precisa ser feito, mas a minha disposição para aprender sobre costura é muito diferente da minha disposição para aprender sobre Django. E não só pela enorme diferença entre os dois tópicos.
Por mais que eu saiba que é importante para o meu trabalho ter um conhecimento técnico da stack usada pelo time, aprender Django é uma meta que nasceu de um ciclo de avaliação e que incluí no meu PDI. Mesmo concordando que é importante, tenho uma influência externa para aprender sobre o tema. Para me manter estudando, tenho momentos reservados na agenda para estudar sobre o Django e não ficar muito tempo sem me dedicar a isso.
Com a costura já é diferente, porque eu mesma me interessei pelo tema para resolver uma dor pessoal. E depois que entendi tudo o que a costura envolvia, me interessei ainda mais. Com isso, eu não preciso reservar um momento na agenda para estudar sobre o tema. Em qualquer oportunidade, eu estou lendo sobre o assunto ou pensando sobre. Quando o meu horário de trabalho termina, a primeira coisa que eu avalio é se vou ter tempo de olhar alguma coisa dos meus projetos de costura.
“Se você não conseguir encontrar um ‘quero fazer’ em alguma faceta particular da sua vida, isso poderá ser um sinal de que uma mudança é apropriada.”
Tanto o Django quanto a costura são temas relevantes, mas a forma como me dedico para cada um deles muda de acordo com a forma que essas metas foram definidas. Por mais que eu queira atingir a meta do trabalho, não posso ignorar que, no fundo, eu sei que tenho que fazer. E foi nessa definição que a autora me chamou a atenção, porque ficaram muito claras as formas diferentes que lido com os dois assuntos durante a minha semana.
Uma das recomendações da autora é bem parecida com o que eu faço com as agendas para estudar. É o chamado contraste mental, que diz que é importante acreditar que você pode atingir a sua meta, mas você também precisa prestar atenção aos obstáculos que têm mais probabilidade de atrapalhar.
Pensando nisso, eu tenho as minhas agendas marcadas, porque sei que o meu maior obstáculo no momento de estudar é o meu interesse em diversos temas ao mesmo tempo. Também sigo usando o meu documento do Coda para organizar o meu aprendizado contínuo, que deixa bem explícito o quanto eu tenho dificuldades em manter o foco.
Espero que compartilhar esses conceitos e a minha experiência com eles te ajude a avaliar sobre as suas metas atuais. Pense sobre quais delas você considera metas que você tem que fazer e quais são as metas que você quer fazer. Só de ter essa clareza, entendo que você vai conseguir se organizar melhor para atingir os seus objetivos.
Até a próxima!
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