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10 Fev 2025 | 6 minutos • Desenvolvimento pessoal

Como montar e acompanhar um plano de estudos

Como organizar a sua rotina de aprendizado contínuo

Ingrid Machado

Ingrid Machado

Engenheira de computação, especialista em engenharia de software. Autora deste querido blog.

Image de capa do post Como montar e acompanhar um plano de estudos
Foto de Debby Hudson, via Unsplash

Fiz um documento no Coda para finalmente acompanhar os meus planos de estudos. Como costumo criar vários planos durante o ano, a parte do acompanhamento é um pouco falha e termino o ano percebendo que não concluí tudo o que foi planejado. Somando essa situação ao fato de que estou compartilhando com o meu time como criar planos de estudos eficientes, decidi compartilhar aqui também algumas dicas que estou seguindo e que funcionam para mim.

Neste post eu pretendo explicar como criei os meus planos de estudos para o ano e como estou fazendo o acompanhamento desses planos. Não precisa usar o documento que citei para seguir a organização que vou explicar, mas vou usar ele como referência para facilitar os exemplos.

Funcionamento do documento

Em resumo, o documento possui a seguinte estrutura:

Caso esteja interessado em usar o documento e entender como ele funciona no detalhe, recomendo que você leia o guia do documento.

Criando planos de estudos

Para criar os planos de estudos, você pode seguir dois caminhos:

  1. Definir o que gostaria de estudar e reunir os itens sobre o tema
  2. Avaliar os itens que você tem e organizar em planos de estudos

O caminho que você vai seguir depende principalmente do quanto você já investiu previamente em recursos para estudar.

Definir o que gostaria de estudar e reunir os itens sobre o tema

Se você tem os seus objetivos definidos, seguir por esse caminho pode fazer mais sentido. Você tem algum objetivo profissional ou pessoal que não pode ser atingido por falta de algum conhecimento pendente? Então, esse pode ser o direcional para definir quais serão os seus planos de estudos.

Caso não tenha definido algum objetivo previamente, pense a respeito do que faz sentido para você estudar. Pensar na diferença entre onde está e onde quer chegar pode ser uma boa forma de refletir a respeito.

A quantidade de planos de estudos a ser criada vai depender da variedade de temas que você se interessa e do tamanho de cada item que você vai usar para estudar. Por exemplo, eu quero estudar esse ano sobre Python, costura e organização pessoal. É muito provável que cada um desses assuntos vá ser organizado em planos de estudos diferentes. Se algum tema for grande demais, também é possível dividir em mais de um plano de estudos para uma visão mais organizada de cada parte do mesmo assunto. Python é um tema que defini três planos de estudos somente para iniciar, justamente por ser um tema muito amplo.

Depois de definir os tópicos que deseja estudar e categorizá-los em planos de estudos, o próximo passo é buscar os itens que vão formar esses planos e quais são os melhores formatos. Se você gosta de assistir vídeos e não tem muita facilidade com a leitura, não adianta querer comprar vários livros e apostilas para aprender sobre um determinado tema. Sabendo a melhor forma de estudar, você pode ir atrás de recomendações que funcionam melhor para você.

Avaliar os itens que você tem e organizar em planos de estudos

Se, assim como eu, você também compra vários cursos e livros e não consome a maioria deles, você provavelmente tem um bom acervo de itens para estudar. Nesses casos, eu gosto de avaliar tudo o que tenho disponível e agrupar de acordo com o tema. Aqui também é importante ter os seus objetivos definidos, porque de alguma forma vai ser preciso filtrar o que vai ser incluído nos planos de estudos.

Também é interessante avaliar o que mais te empolga, para não cair na armadilha de criar planos de estudos apenas pela obrigação de consumir o que já adquiriu. Estudar algo que não está mais alinhado com os seus objetivos ou que não te interessa mais por qualquer outro motivo é a receita certa para não seguir nenhum planejamento até o final.

Esse processo é basicamente o mesmo que expliquei anteriormente, com a diferença de que avalio primeiro o que eu já tenho para depois definir os temas que vou estudar e transformar todos eles em planos de estudos.

Definindo um prazo

Depois de definir os planos de estudos e os itens que vão compor cada um deles, podemos avaliar quanto tempo vai ser necessário para a conclusão.

Para definir o prazo de cada plano, sugiro que você considere as seguintes variáveis:

As respostas para essas perguntas vão servir de guia para definir o tempo necessário.

Na minha opinião, ter um plano de estudos com um prazo longo que vai ser concluído é bem melhor do que um plano de estudos de curto prazo que não vai ser feito. Por mais que tenhamos a sensação de que podemos fazer tudo o que queremos, precisamos considerar o tempo para descansar e para lidar com imprevistos. Dessa forma, executar o plano de estudos vai ser bem menos frustrante e você terá mais chance de sucesso.

Acompanhando um plano de estudos

Para acompanhar o plano de estudos, o ideal é que ele seja dividido em etapas. Se você seguiu a minha recomendação, cada item do plano é uma etapa que vai ser marcada como concluída como forma de acompanhamento. Se o seu plano só tem um único item, então recomendo que você faça a divisão desse item para uso como etapas do plano.

Se você gosta de usar ferramentas digitais, então fica a recomendação de usar o meu documento de aprendizado contínuo. Com ele, você pode iniciar cada item e a conclusão de cada um deles é contabilizada numa barra de porcentagem do plano de estudos. Mas também é possível fazer o mesmo acompanhamento de forma mais simples, usando um aplicativo de notas ou de lista de tarefas, por exemplo. Usando um aplicativo de lista de tarefas, cada plano de estudos pode ser registrado como uma tarefa e cada etapa pode ser registrada como uma subtarefa. Ao concluir todas as subtarefas, o plano de estudos é concluído também.

Se você gosta de usar ferramentas analógicas, você pode anotar em uma folha cada uma das etapas do plano de estudos e deixar um espaço para marcar como concluída ou usar um marca-texto para grifar as etapas concluídas.

O importante é escolher o formato que vai ser realmente usado e acompanhado durante o período definido para a conclusão do plano de estudos. Ter um acompanhamento visual ajuda a entender quanto falta, motiva por ser possível entender claramente o quanto já avançou e evita que você mude de planos a todo momento, incluindo itens que não faziam parte do plano inicial.

Esse acompanhamento precisa te guiar na ordem em que os conteúdos serão consumidos e permitir que fique claro o que já foi feito e o que falta fazer.


Espero que tenha sido útil compartilhar como criei os meus planos de estudos para esse ano. Caso queira acompanhar a minha evolução, faço o envio a cada 15 dias de atualizações dos meus planos de estudos na minha newsletter, a Trilha de Valor. Dentro dela, eu tenho uma seção chamada “Aprendizado contínuo”, em que falo sobre esse e outros temas para quem quer manter uma rotina de aprendizado contínuo.

Caso queira mais dicas sobre como iniciar uma rotina de aprendizado contínuo, recomendo também a leitura desse post.

Fique à vontade para comentar dando dicas sobre a sua rotina de estudos, gosto bastante de experimentar formatos novos.

Até a próxima!

O link do post foi copiado com sucesso!

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