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02 Set 2024 | 35 minutos • Desenvolvimento pessoal

Minha jornada de desenvolvimento pessoal

O que aconteceu nos últimos anos

Ingrid Machado

Ingrid Machado

Engenheira de computação, especialista em engenharia de software. Autora deste querido blog.

Image de capa do post Minha jornada de desenvolvimento pessoal
Foto de Matt Howard, via Unsplash

Uma das coisas que eu sigo me acostumando a compartilhar aqui no blog são as minhas experiências pessoais, mas ainda não me sinto confortável para compartilhar detalhes. Porém, eu sei que é esse tipo de informação que pode ajudar mais as pessoas que estão buscando as mesmas coisas que eu. Pensando nisso, escrevi esse post com o que mudei nos últimos anos e que foi útil para o meu desenvolvimento pessoal.

Fazendo uma retrospectiva do meu planejamento anual, percebi o quanto esses momentos de reflexão e de pequenas mudanças foram importantes para estar como estou hoje. E como o resultado que tenho no momento foi gerado a partir de várias fontes diferentes, acredito que pode ser muito útil compartilhar em um único texto todas as minhas decisões, aprendizados e mudanças.

É importante sempre lembrar que aqui estou compartilhando a minha experiência pessoal. Isso significa que o que funciona para mim pode não funcionar no seu caso. E o que me faz feliz pode não te trazer essa mesma felicidade. Por isso, encare esse post como uma das formas possíveis de levar a vida e não a única correta.

Outro ponto importante é que notei que estou frequentemente postando textos curtos e evitando textos maiores. Geralmente, não publico textos com muitas opiniões ou quebro os que ficam muito longos. No caso desse post, decidi deixar tudo junto, por dois motivos principais. O primeiro é que eu acho que fica mais útil juntar tudo num lugar só. E o segundo é que quem está interessado em desenvolvimento pessoal, geralmente tem interesse nos detalhes e no que realmente mudou para gerar os resultados.

Dividi esse post em 6 partes:

  1. Contexto anterior
  2. Desejo de mudança
  3. Caminho percorrido até aqui
  4. Minha rotina atual
  5. Mudanças percebidas
  6. O que funcionou

Com essa divisão, acho que vai ficar bem clara a minha motivação para mudar e como cada mudança me impactou.

Contexto anterior

Para começar a explicar como estou hoje, acho que faz muito sentido mostrar como eu estava antes. Para muitas pessoas pode parecer que a minha rotina não tem nada de especial ou diferente, mas acho que ver o quanto eu estava com uma rotina ruim vai esclarecer que estou muito bem.

Não tinha horário para dormir

A minha rotina anterior não era guiada por horários na minha vida pessoal, apenas na minha vida profissional. Isso significa que os únicos horários que eu seguia no meu dia útil era o de início do trabalho e o do intervalo do almoço. O horário de fim do trabalho era quase inexistente e chegar às 18h raramente significava que eu poderia ir para casa.

Com essa rotina, era normal eu tentar aproveitar o tempo que me restava em casa. Mesmo que isso significasse ficar acordada até tarde. Sem um horário correto para dormir e apenas um horário fixo para acordar, eu vivia cansada, sentindo que eu não dormia o suficiente, não me sentindo bem durante o dia.

Hoje em dia, sei que essa era grande parte da causa do desconforto constante que sentia. Na época, achava apenas que estava com alguma vitamina faltando.

Era descuidada com a dieta

Eu já não tinha uma alimentação muito equilibrada, principalmente porque gostava muito de pedir deliveries. Como não tinha horário para voltar do trabalho, não tinha tempo para fazer a janta, então sempre era muito fácil escolher pedir algo ao invés de comer uma comida caseira. Com a pandemia, essa situação piorou.

Só tive noção do quanto estava pedindo uma quantidade exorbitante de delivery quando o iFood fez uma retrospectiva de final de ano e me mostrou quantas vezes eu pedi cada tipo de comida no aplicativo. Além de ficar apavorada com a quantidade, uma conta rápida me mostrou o dreno de dinheiro que o delivery tinha virado.

Sentia que um dia não era suficiente

Como mencionei anteriormente, eu chegava tarde em casa e não aceitava que o dia já estava acabando. Então, para compensar, eu ficava acordada até mais tarde. Como já estava cansada, não conseguia fazer nada do que tinha planejado e me deitava para dormir frustrada com a minha falta de capacidade de dedicar para as minhas coisas a mesma energia que dedicava ao trabalho.

Com isso, a cada semana que passava, eu sentia que o dia não era suficiente. E precisava planejar tudo para depois. Depois eu assisto à série que todo mundo está assistindo. Depois eu saio à noite com o meu namorado. Depois eu durmo cedo e descanso melhor no meio da semana.

Todas essas decisões só me levavam ladeira abaixo e eu não percebia o quanto a minha rotina estava sendo estraçalhada. Só conseguia pensar que um dia não era suficiente e me questionar como que as outras pessoas conseguiam fazer tanto e eu não conseguia fazer nada.

Não tinha qualidade de vida e nem autoestima

Talvez já esteja claro que eu não tinha vida pessoal e muito menos qualidade de vida. Com a pandemia, eu ainda precisei lidar com toda a ansiedade que a situação causava e, mais uma vez, deixar as mudanças de lado. Eram tantos problemas importantes acontecendo, com uma rotina já tão ruim, que eu não consegui entrar no clima de quem começou a fazer pão e exercícios em casa. Até tentei, mas nada passava de uma semana de tentativa.

Foi um período difícil, sofri com muitas mudanças corporais que indicavam que eu estava doente, mas, na época, eu achava que era apenas o resultado do stress que estava vivendo. Com isso, a autoestima ficou nula e quando parei para pensar em mim, percebi que nem me reconhecia.

Desejo de mudança

Não sei dizer exatamente quando comecei a perceber o quanto eu estava me sentindo mal. Mas, a partir do momento em que tirei essa conclusão, pedi demissão e tirei um tempo para pensar. Sendo um pouco mais específica, esse tempo foi de uma semana, que foi praticamente o tempo que levei para conseguir um novo emprego.

Aqui gostaria de reforçar o quanto é importante ter segurança financeira. Eu não tinha tanta assim, mas com o apoio do meu marido (namorado, na época) eu consegui fazer esse movimento mais ousado. Mas hoje eu não faria a mesma coisa sem estar com uma reserva suficiente para não me arrepender.

Estando em um novo ambiente e já trabalhando de forma remota, ficou mais fácil avaliar e comparar a rotina que tinha anteriormente com a rotina que estava vivendo naquele momento. Só de estar em um lugar em que trabalhava 40 horas semanais, consegui ter tempo para pensar em mim e percorrer o processo que vou descrever agora.

Problemas de saúde

Uma das minhas primeiras lideranças nessa nova empresa era uma médica. Um dia, conversando com ela num 1:1, ela me perguntou algumas coisas e concluiu que eu deveria procurar um médico. Apesar de achar meio estranho ela ter concluído que algo estava acontecendo apenas falando comigo pelo Teams, eu segui o conselho e marquei uma consulta com uma ginecologista.

Resumindo, ir no ginecologista, na dermatologista e na nutróloga me fez entender o quanto eu estava mal de saúde. Aparentemente, o nosso corpo dá todos os sinais quando estamos mal. Eu apenas não estava sabendo ler nenhum deles.

Aqui também foi importante começar a fazer terapia. Muitas das conclusões que eu vou compartilhar aqui não foram feitas sozinha.

Não me sentia bem comigo mesma

Como já mencionei, não estava me sentindo bem de maneira geral. Era um mal-estar tão grande, que eu acho que não saberia descrever tudo o que estava sentindo sem a terapia. E eu cheguei à conclusão de que eu precisava mudar tantas coisas na minha vida para atingir os meus objetivos, que o ideal seria organizar primeiro o que eu queria de verdade e ir avançando aos poucos.

Tentando fazer diferente dessa vez, foquei grande parte dos meus esforços para a vida pessoal. Até porque não me sentir bem nessa área da vida acabava impactando a vida profissional. No final, qualquer mudança era benéfica.

Um ponto de desconforto muito forte, que só hoje percebo o quanto não era normal, era a quantidade de vezes que tinha azia. Sempre estava mal depois do almoço e depois da janta. Já estava normal não saber como era estar simplesmente bem.

Queria voltar a ter uma boa rotina

Na pandemia eu piorei os meus horários, não melhorei em nada a minha alimentação e passava o dia em casa. Nada muito diferente do que o resto do mundo estava vivendo. Mas eu lembrava de quando eu tinha uma rotina mais normal. Na época da faculdade, mesmo com todas as dificuldades, eu costumava ter horário para acordar e dormir e não tinha a sensação de que o dia era insuficiente para viver, apenas insuficiente para terminar o meu TCC, o que considero normal.

Então eu sabia que tinha capacidade de melhorar, porque eu já fui assim. Mas, mesmo que não tivesse nenhum exemplo na minha própria trajetória, eu me espelhava nas pessoas que conseguiam ter um dia organizado. Estando em um contexto parecido, eu acreditava que eu deveria apenas implementar as mudanças necessárias para melhorar.

Só me sentia bem no trabalho

Com a mudança de trabalho, comecei a me sentir muito bem trabalhando, o que já ajudou bastante. Mas ainda era um problema do ponto de vista de quem queria estar bem em todas as áreas da vida. Estar feliz com o trabalho me fez ter um problema a menos e deixou espaço para resolver as pendências da vida pessoal.

Tudo bem que simplesmente pedir demissão e ir para outro lugar já foi uma grande mudança, mas eu ainda estava tentando entender o que eu queria quando fiz tudo isso. Então, naquele momento, eu só enxerguei essa sensação como uma tarefa a menos para me preocupar, sem pensar muito a respeito.

No final das contas, ainda estava me sentindo mal e precisava resolver o que não funcionava.

Caminho percorrido até aqui

O que vou descrever como mudança levou pelo menos uns quatro anos para acontecer. Não me apeguei a falar das mudanças em ordem cronológica porque, sinceramente, não me lembro de muitas coisas. Mas reuni os pontos principais e que mais me impactaram nessa jornada.

Orientação médica

O mais importante de todas as mudanças foi procurar orientação médica. Eu sinto que, se não tivesse seguido o conselho de procurar o que estava errado com a minha saúde, eu não teria avançado em nenhuma outra etapa. Nunca conseguiria causar impacto positivo na minha vida se estivesse cansada, desfocada ou preferindo estar fazendo qualquer outra coisa.

Por isso, a minha recomendação inicial para quem está muito perdido é procurar por ajuda especializada. Caso você conviva com quem acha que isso é bobagem ou que te julga por estar pedindo ajuda, outra diretriz que sigo atualmente é ignorar qualquer conselho que não considere o meu bem-estar. Se eu preciso de algo para me sentir bem, não importa se as outras pessoas não concordam. No fim do dia, elas não precisam nem saber que eu não estava bem, quem dirá ter o direito de me desmotivar a melhorar.

Início dos exercícios

Uma das recomendações que mais ouvi nos consultórios médicos foi para iniciar uma rotina de dieta e exercícios ou discutir quais remédios deveria começar a tomar. Como evito ao máximo a ingestão de remédios, escolhi a primeira opção.

Eu não comecei fazendo muita coisa. Inicialmente, o meu exercício foi uma caminhada todo sábado de manhã. Pode parecer pouco, mas foi o suficiente para sentir os primeiros efeitos positivos dos exercícios físicos. Durante a semana, passei a sentir a necessidade de me exercitar, principalmente porque era o único momento em que conseguia não pensar em problemas e apenas existir.

Outro ponto que foi importante para manter a rotina de exercícios foi ter companhia. O meu marido também estava passando por um momento parecido e se motivou a iniciar esses exercícios comigo. Até hoje, ele segue sendo o meu parceiro de atividades.

Caso você não tenha alguém muito próximo, sempre me ajudou pensar nos objetivos que eu queria atingir quando o meu marido não podia ir. Assim, eu nunca usei a ausência dele como desculpa para deixar para depois.

Uma dica que a minha psicóloga passou e que me ajudou muito foi apenas começar. Eu estava parando para pensar no trajeto que iria fazer, no horário que tinha que acordar no final de semana, se tinha roupa para ir e se precisava de protetor solar. Essa minha mania de ficar repassando tudo, aparentemente, não ajuda muito. Então ela me recomendou separar a roupa na noite anterior e no sábado de manhã apenas levantar, me vestir e sair para caminhar sem pensar muito em tudo o que eu tinha que fazer. Apenas fazer tornou o início muito mais fácil.

Trocas na dieta

Eu também estava sendo acompanhada por uma nutróloga, então iniciei uma rotina de dieta que, sem muita escolha dele, acabou envolvendo o meu marido. Ele acabou também indo numa nutricionista e tentamos montar um cardápio em que fosse possível manter o casal bem alimentado sem precisar gerar o dobro de louça.

No início, foi bem difícil iniciar essa rotina de cozinhar em casa. Foi preciso mudar as compras do supermercado, organizar os horários para cozinhar e perder a mania de pedir delivery sempre que qualquer um dos dois estivesse cansado depois do trabalho. Nós tínhamos hábitos muito enraizados na nossa alimentação e precisamos nos esforçar para fazer essas mudanças aos poucos.

Não vou mentir que foi de um dia para o outro. Nós passamos por um período de transição, sempre sabendo que as próximas escolhas deveriam ser melhores. Por exemplo, a gente não jogou comida que já estava na despensa fora. Mas evitamos comer os doces disponíveis durante a semana. A gente não parou de pedir delivery totalmente, mas deixamos para o final de semana em somente algumas refeições.

Foi quase como um desmame. A gente foi introduzindo os alimentos mais saudáveis aos poucos e fazendo uma transição lenta até chegar no nível que estamos hoje.

Nova rotina de exercícios

O corpo passou a pedir por mais exercícios naturalmente. Eu passei do início cheio de planejamento e dúvidas para uma rotina em que ansiava pelo sábado para fazer uma caminhada.

Como eu estava cancelando a caminhada algumas vezes por causa do tempo ruim, decidi que deveria iniciar uma rotina de exercícios em que o clima não impactasse tanto. A minha primeira escolha foi o pilates. Fiz uma aula experimental e achei tranquilo. Tudo bem que é uma tática boa da instrutora, porque hoje em dia já sei o quanto o pilates exige do corpo.

Já estou praticando há quase dois anos e fico muito feliz quando penso no quanto evoluí na minha consciência corporal e na sensação de bem-estar que 45 minutos duas vezes na semana sempre me trazem.

Aqui também é importante salientar que eu estou sempre usando as roupas de exercício que eu já tinha. Confesso que já está na hora de renovar o meu guarda-roupa fitness, mas não ter os modelos que todo mundo usa na academia nunca me impediu de iniciar.

Rotina diária revista

Quando eu li o livro “O poder do quando”, eu fui meio cética em relação às recomendações. Mas decidi dar uma chance e seguir a rotina do cronotipo que o teste havia indicado.

De todas as mudanças que expliquei até aqui, essa foi a que teve o impacto positivo mais rápido. Inicialmente, foi difícil me convencer a dormir mais cedo, principalmente porque tinha a sensação de que o dia não era suficiente. Só que eu aprendi que posso ter 48 horas disponíveis num dia e mesmo assim não render porque não estou no meu melhor.

O meu cronotipo é o urso, igual a grande parte da população mundial. O que significa que a minha rotina é bem alinhada com o ciclo do sol. A sugestão de rotina do autor indicava que eu deveria dormir 7 horas por noite, indo dormir às 22:00. Como alguém que não tinha horário para dormir e, muitas vezes, passava da meia-noite acordada, eu realmente achei um sacrifício me deitar tão cedo.

Resumindo, hoje em dia eu chego a me deitar às 21h. No inverno eu sinto que preciso um pouco mais de sono e acabo dormindo mais cedo ao invés de mudar o horário de acordar. Mesmo assim, sinto que eu tenho tempo suficiente para fazer o que eu quero antes e depois do trabalho. Por isso, sempre recomendo esse livro para todo mundo que me fala que está com uma rotina ruim.

Caso queira fazer o teste e entender o seu perfil antes de comprar o livro, você pode fazer ele aqui.

Dieta um pouco mais restritiva

Outra mudança que aconteceu de forma natural foi a evolução da minha dieta. Com o passar do tempo, deixamos de fazer grandes esforços para comer de forma saudável. Porque comer melhor virou o nosso normal.

Eu gosto muito da Rita Lobo e estou sempre procurando receitas no site dela. Assim, eu diversifico as receitas e a dieta não fica enjoativa. Geralmente, são os mesmos ingredientes, mas mudar o preparo já ajuda a ter um cardápio mais agradável.

Atualmente, faço marmitas no final de semana que são consumidas durante a semana. Deixo nas marmitas a proteína, separo em saquinhos o arroz e o feijão antes de refogar e em potes as folhas para saladas já higienizadas e separadas. Parte das marmitas e dos saquinhos ficam na geladeira e o restante vai para o freezer.

Já tinha passado a ler as embalagens e agora estou mais ciente a respeito do que consumo mesmo cozinhando em casa. Ter as etiquetas indicando se o alimento é alto em sódio, gordura saturada ou açúcar adicionado ajuda e muito nas compras. Infelizmente, muita coisa que se vendia como saudável está cheia dessas etiquetas.

Uma mudança que me surpreendeu é que o meu corpo já não aceita mais qualquer coisa. Eu tive que parar de pedir alguns deliveries, porque eu ficava muito mal depois de comer. Comidas que me dava a azia normal de sempre se transformaram num desconforto que não me deixavam dormir. Hoje em dia, sei que ter azia depois de qualquer refeição não é normal e fico pensando em como vivi tanto tempo assim.

Mais exercícios

Não contente em estar fazendo pilates duas vezes por semana, segui o fluxo de quem inicia a vida de exercícios e entrei na academia que abriu na esquina da minha casa. Também estou fazendo duas vezes por semana e, no momento, não estou fazendo as caminhadas de sábado. De vez em quando penso em retomar, mas acho que já estou me exercitando o suficiente quatro vezes por semana. E caminhar de manhã no Rio Grande do Sul no inverno nem sempre é a minha escolha preferida. Talvez eu volte quando o clima melhorar.

Se eu estivesse vendo alguém falar que se exercita quatro vezes na semana há uns 4 anos atrás, eu estaria certamente pensando que essa pessoa não tem mais o que fazer. Atender ao que o meu corpo está pedindo e sentir os benefícios da prática de exercícios me fez perder muitos preconceitos. Estou em um estúdio e uma academia que possuem um ótimo ambiente e inicio a semana ansiosa para fazer as minhas aulas. Mas sei que só estou assim porque vou aos poucos, respeitando os meus limites e entendendo o que me faz bem.

Rotina de leitura

Junto das mudanças que descrevi, também iniciei uma das que fui mais feliz fazendo. Em agosto de 2020, entrei em um clube do livro remoto, algo que se tornou comum durante a quarentena. E passei por alguns desafios que poderiam ter feito eu desistir no início.

Lendo o primeiro livro do clube, senti que tinha desaprendido a ler. Estava com a atenção de um peixe e não conseguia me concentrar para ler uma página até o final. Não conseguia entender como as pessoas passavam horas lendo e eu não conseguia passar minutos. Não decorava nomes de personagens e nem me envolvia nas histórias.

O meu problema era falta de prática e foco defasado pelas redes sociais. Eu precisava fazer o exercício de voltar a focar em coisas lentas e tranquilas e me desvencilhar das recompensas rápidas dadas pelas timelines. Só que não é fácil, não é de um dia para o outro que a gente consegue largar o celular num canto e fazer uma atividade silenciosa sozinho. Mas é possível, só precisamos de prática.

Na verdade, senti que a experiência de recuperar o hábito da leitura me tornou uma criança novamente, que precisava aprender a parar quieta para prestar atenção em algo que me faria bem. A diferença é que eu também era o adulto tentando ensinar.

Rotina de aprendizado contínuo

Recuperar o hábito da leitura também me ajudou a recuperar a minha rotina de aprendizado contínuo. Como não conseguia parar para ler, também não conseguia parar para estudar. Iniciar o blog me mostrou que estava num ritmo muito lento de aprendizado, totalmente diferente do que costumava manter em períodos anteriores.

Após tomar a decisão de voltar a estudar frequentemente, incluí mais momentos na minha rotina que não envolvem estar nas redes sociais. São mudanças pequenas que trazem grandes benefícios e ainda me ajudam a me desvencilhar de maus hábitos.

Minha rotina atual

Atualmente, tenho uma rotina que funciona e que me permite descansar durante a semana e fazer os meus planejamentos com tranquilidade. Não pretendo abrir muitos detalhes, até porque não é tão inteligente dar muitos detalhes da vida pessoal na internet. Mas acho que não custa compartilhar alguns pontos principais.

Despertadores

Tenho os seguintes despertadores configurados para a semana útil:

Apesar de já estar acostumada com a minha rotina atual, me guio por eles para poder passar o dia tranquila, sem ter que estar sempre em alerta pensando se deveria estar fazendo algo.

Manhã

É muito comum que eu acorde antes mesmo do despertador. No início da minha nova rotina, eu seguia a sugestão do “O poder do quando” de acordar às 07:00, mas vivia acordando antes do despertador e ficando deitada aguardando o horário de acordar. Por isso, fiz a mudança para acordar às 06:00.

No inverno, até fico deitada quando acordo um pouco antes e me levanto com o despertador. Mas no geral levanto assim que acordo. Ficar muito tempo deitada enrolando me deixa até com dor nas costas e já sofri com o cochilo perigoso que me faz perder o despertador de vez em quando.

Todos os dias, me levanto, tomo um copo d’água, me visto (para a academia ou para trabalhar) e faço a minha rotina matinal de skin care. Depois disso, costumo ligar a TV e deixar o jornal local no mudo enquanto leio algum livro de não ficção. Gosto de ler as manchetes que vão passando de vez em quando para desmutar a TV quando passa algo interessante. Sei que o ideal seria eu apenas focar no livro que estou lendo, mas eu leio num ritmo muito tranquilo de manhã e não fico o tempo todo cuidando o jornal.

Se é dia de academia, também tomo um YoPro antes do treino, para não sair de barriga vazia. Vou treinar e na volta tomo um banho e um café da manhã. Se é dia sem academia, às 07:30 eu tomo café da manhã e às 08:00 eu faço um momento de foco para escrever e revisar textos.

A partir das 09:00, a minha manhã é regida pela agenda do trabalho.

Tarde

Nas tardes, costumo deixar o horário das 16:00 livre para tomar o café da tarde. Seguir o horário correto das refeições também é algo que o corpo sente falta com o tempo e tento sempre comer algo perto desse horário.

Fora as pausas, a minha tarde também é regida pela agenda do trabalho e pode ser consumida em reuniões ou Pomodoros.

Noite

O meu trabalho se encerra às 18:00 e costumo desligar tudo e ir para a sala descansar. Dependendo do dia, leio alguma coisa, vejo vídeos no YouTube, jogo algum jogo ou fico conversando com o meu marido. O importante é conseguir se desconectar do trabalho.

Em alguns dias, acompanho os deploys noturnos. Mas costuma ser um momento bem tranquilo e que não acontece com tanta frequência.

Jantamos às 19:00, o que eu achei estranho quando mudamos o horário, mas é ótimo para quem já se prepara para dormir às 21:30.

Mudanças percebidas

Com tantas práticas é normal que se tenham muitas mudanças. Confesso que algumas eu demorei para sentir e consigo perceber melhor o que mudou agora. Mas é importante saber que mudanças duradouras não vêm do nada, o que se constrói com tempo dura bastante tempo depois.

Mais disposição

O primeiro benefício e que permitiu que eu seguisse executando as práticas que descrevi aqui foi a disposição que ter uma rotina de exercícios e dieta equilibrada me trouxe. Acordar com a sensação de que tenho energia suficiente para encarar o dia, ansiosa por ver o que me aguarda, disposta para executar os planejamentos que fiz é impagável.

Estar com a saúde em dia foi o primeiro passo. Por isso, recomendo novamente que você procure saber como anda a sua saúde. E caso esteja com alguma coisa fora do lugar, siga as recomendações e reverta a situação. Está tudo ótimo? Então te recomendo que comeces uma rotina saudável para manter a tua situação assim.

Acredita em mim quando digo que vale a pena.

Economia

Parar de pedir delivery todos os dias ajuda e muito a economizar. Assim como um Uber de R$10,00 parece que não vai te falir no final do mês, eu achava que um delivery de R$30,00 não ia acabar com o meu cartão. Resumo da história: eu usava o meu salário só para pagar cartão de crédito, praticamente.

Quando eu estava na empresa anterior, eu nem sentia tanto, porque ganhava muita hora extra. Depois que saí de lá e parei de fazer horas extras, esse gasto com o delivery começou a pesar. Além de apertar o orçamento do mês, percebi o quanto ganhei de dinheiro e não usei para adquirir nada importante.

Atualmente, sempre que peço delivery uso o pix para pagar. Assim, além de pensar se realmente deveria estar pedindo um delivery, também entendo o quanto esse pedido vai impactar no meu orçamento.

Sensação de bem-estar

A sensação de bem-estar está presente no meu corpo e na minha mente. Eu não vivo mais com azia todos os dias, não tenho dores nas costas e a sensação de estar sempre cansada. Alguns sintomas eram da minha vida sedentária, mas outras eram do ambiente de trabalho que não estava o ideal.

Eu acabei investindo em uma cadeira de escritório, depois de descobrir que a cadeira gamer não era tão boa assim para trabalhar em casa. E comprei apoio de pulso e mouse confortáveis para o trabalho. Foi um conjunto de ações que me permitiu atingir um nível de bem-estar em relação ao meu corpo e não só iniciar a rotina de dieta e exercícios.

A minha mente está menos acelerada. A leitura, exercícios de mindfulness e o afastamento do celular mudaram a minha sensação de ritmo da vida passando. Hoje em dia, consigo ter tempo para trabalhar, ler, descansar, passar um tempo com o meu marido, fazer as refeições com calma, me dedicar aos meus projetos e, mesmo assim, sentir que o dia foi suficiente. Isso traz uma tranquilidade para a mente que eu acho que nunca senti na minha vida.

Sono mais restaurador

Seguir a rotina do “O poder do quando” foi transformador. Eu poderia dormir 10 horas durante a noite que eu acordava bem cansada. Hoje em dia, 7 horas são suficientes e me acordo sempre me sentindo pronta para encarar o dia.

Acordar com a sensação de descanso e com a energia disponível para gastar impacta diretamente no meu bem-estar mental também. Eu sempre ficava muito decepcionada assim que acordava, por não me sentir descansada, mesmo depois de tantas horas. E isso já me fazia iniciar o dia com pensamentos negativos ditando o tom do meu humor. Apenas não ter esses pensamentos pela manhã já é o suficiente para iniciar o dia de forma mais positiva.

Outro ponto positivo da minha rotina é a rapidez com a qual consigo pegar no sono. Como alguém que já passou madrugadas olhando para o teto, sou muito grata por conseguir dormir no momento que me preparo para isso quase todos os dias. Quando não durmo imediatamente, já sei que estou com alguma coisa errada, geralmente algo relacionado a temperatura.

Sem desconfortos durante o dia

Depois das mudanças, é muito raro ter desconfortos, como azia, depois das refeições. Também vivia com câimbras, principalmente quando ia me deitar. Quase todos os dias, me deitava, começava a relaxar o corpo e, de repente, eu sentia uma câimbra na panturrilha. Pense num início de noite ruim.

Hoje em dia, eu raramente preciso fazer uso de magnésia bisurada ou paracetamol, remédios que eu vivia comprando.

O corpo sente falta da rotina

Eu não sou perfeita e esse texto não tem como intenção vender isso. O que eu quero mostrar é a realidade de alguém que segue uma rotina que faz muito bem. E a realidade é que eu também sinto preguiça de vez em quando e não sigo a rotina à risca todos os dias.

O problema é que o corpo sente falta. Então, quando eu escolho faltar na academia ou esticar um pouco mais o sono, eu sinto o corpo resistindo ou pedindo para que eu me movimente. Isso acontece com qualquer coisa: se eu não leio, se não faço pausas ou se passo o dia no celular. Quando não sigo a minha rotina, eu sei que vem algum sinal me indicando que não está tudo certo.

Por isso, eu costumo seguir a minha rotina até mesmo nas férias e os finais de semana não são muito diferentes. A diferença do horário de dormir e acordar entre dias úteis e finais de semana é de apenas 1 hora, o que já é suficiente para conseguir aproveitar um pouco mais a noite e sentir que tive um bom final de semana.

O que funcionou

Parar para avaliar a minha vida

Quando eu lembro da época em que não tinha vida pessoal e nem saúde, sempre fico pensando como deixei essa situação se estender por tanto tempo. Mas sempre chego na mesma conclusão, que é a de entender que eu não parava para pensar e avaliar a minha vida.

Ao iniciar os planejamentos do ano e a acompanhar, pelo menos, os planejamentos mensais, percebi o quanto o tempo vai passando sem que eu preste atenção. Dessa forma, eu atendia às prioridades de outras pessoas e não prestava atenção no que importava para mim. Eu estava sempre sendo produtiva e criando muitas coisas, mas tudo para os outros. Essa situação era uma distração de tudo o que eu não percebia de errado.

Você pode estar lendo esse texto e pensando que a sua vida é ótima. Mas, mesmo assim, eu te recomendo a parar para pensar sobre a rotina que você tem hoje em dia. Ela está de acordo com o que você gostaria de viver? Se sim, ótimo. Se não, não se convença de que trabalha hoje para ter a vida que quer amanhã. O melhor é ter hoje a vida que você quer, porque nem sempre conhecemos tudo o que é bom e nem sabemos exatamente o que queremos. E é só experimentando, mudando e crescendo que vamos conseguir ajustar a nossa vida com os nossos desejos.

Na terapia, eu fiz um exercício chamado curtograma. São quatro quadrantes que precisam ser preenchidos com ações que fazemos no dia a dia dentro de quatro categorias:

  1. Gosto e faço
  2. Gosto e não faço
  3. Não gosto e faço
  4. Não gosto e não faço

Ao preencher cada um dos quadrantes com pelo menos 3 ações, percebi o quanto fazia coisas que não gostaria de fazer e que nem era obrigada a fazer. Foi um bom exercício de reflexão.

Inclusive, ao recuperar as minhas respostas para escrever esse post, vejo que já mudei algumas ações que não gosto e estava fazendo e consigo ver o quanto isso me impacta positivamente atualmente.

Se a reflexão feita sozinho não adiantar, reforço o quanto procurar a terapia para desabafar pode ser benéfico. Já experimentei mais de uma abordagem e me encontrei na Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). Então, se você já tentou e não gostou, pode ser que não tenha encontrado a abordagem que mais se alinha às suas necessidades.

Entender o que queria mudar

Depois de entender o que não estava bom, parti para o momento de entender o que eu poderia mudar ou não. Aqui eu me apoiei muito no conceito do círculo de influência, algo que me ajudou a ser uma pessoa menos ansiosa e estressada.

O círculo de influência classifica os acontecimentos da nossa vida em coisas que podemos controlar (dentro do círculo de influência) e o que não podemos controlar (dentro do círculo de preocupação). Focar nas situações que estão dentro do círculo de preocupação, nos deixa com o foco reativo, ou seja, somos controlados pelo que acontece. Se focamos nas situações que estão dentro do círculo de influência, passamos para o foco proativo e podemos usar a nossa energia para aumentar esse círculo.

Em outras palavras, não adianta nada querer mudar o que não temos poder de mudar. Usando o que contei aqui como exemplo, eu sozinha não mudaria a cultura da empresa que estava anteriormente. O que eu poderia controlar era a minha continuidade na empresa, então tomei a decisão de sair.

Quando alguém nos traz um problema, podemos escolher apoiar essa pessoa e dar conselhos. Mas, geralmente, é a própria pessoa que vai resolver o problema dela. Se não tem nada o que podemos fazer e, mesmo assim, gastamos energia nos preocupando e querendo agir pelos outros, estamos apenas criando ansiedade desnecessária e nos estressando por algo que pode não ter nada a ver com a gente.

A ideia aqui não é se isolar e deixar de pensar nos outros. Mas sim avaliar o que importa para você e precisa melhorar e só então decidir quais ações poderá tomar. Um problema te incomoda, mas não tem nada que você pode fazer para resolver? Então passe a sua atenção para o próximo e avalie se pode mudar algo. Dedique a sua energia para as situações em que você tem influência e capacidade de resolver.

Nem tudo é resolvido sozinho, mas peça ajuda sabendo que o ideal é não apenas jogar os seus problemas sobre os outros. O seu bem-estar não deveria vir às custas do bem-estar de outras pessoas.

Lista de compras no supermercado

Ir para o supermercado sem uma lista resulta, quase sempre, em uma despensa cheia de itens que não necessariamente geram boas refeições. Por isso, criamos o costume de fazer a lista de compras antes de sair de casa, além disso, também não vamos para o supermercado com fome.

Estou experimentando alguns cardápios e penso um dia antes das compras o que eu gostaria de cozinhar para a semana seguinte. A partir disso, monto a lista de compras e me organizo para fazer as marmitas.

Além de estar mais econômico, o momento das compras também está mais rápido. Já entramos sabendo onde cada item está e deixamos os refrigerados e congelados para o final.

Com essa organização, estamos com todos os itens da despensa sendo consumidos durante a semana, sem nada fazendo aniversário guardado porque foi comprado no impulso.

Diminuir a energia de ativação

Cada mudança implementada exige uma energia para ser iniciada. E eu faço o possível para diminuir essa energia e seguir o conselho da minha psicóloga de apenas fazer o que acredito ser certo.

Para a academia e o pilates, eu sempre deixo a minha mochila pronta e a roupa separada na noite anterior. Assim, eu posso apenas me levantar de manhã e me vestir para me exercitar sem pensar muito a respeito.

Para comer melhor, eu tenho um dia em que gasto mais tempo fazendo as marmitas, mas na semana útil eu como comida saudável apenas aquecendo a comida no micro-ondas. As opções menos saudáveis se tornam mais trabalhosas e escolher comer a marmita também me permite aproveitar melhor o meu tempo disponível para o almoço.

Então, para qualquer hábito novo que você deseja implementar, avalie como você consegue facilitar a execução dele. Lembrando que para maus hábitos precisamos fazer exatamente o contrário e aumentar a energia de ativação.

Acompanhar alguns dados

Além de me dedicar para fazer as atividades, eu acompanho com dados se realmente estou executando todos os dias. É muito fácil acreditar que estou indo bem quando, na verdade, não estou indo tão bem assim. Porque, na verdade, eu sempre quero acreditar que estou seguindo o planejamento.

Para confirmar e acompanhar com certeza, tenho alguns aplicativos e dispositivos que me ajudam. O meu dispositivo principal é o meu Galaxy Watch 4. Com ele eu acompanho os meus dados de sono e de exercícios.

Com a smartwatch, consigo medir quantas horas eu dormi, quanto tempo passei em cada fase do sono, o nível de oxigênio no sono e a frequência cardíaca durante a noite. O aplicativo Samsung Health calcula a minha pontuação de sono e tem treinamentos disponíveis para ajudar a dormir melhor. Muitas vezes, acho que estou seguindo os meus horários corretamente e o aplicativo indica que não dormi ou não acordei no horário planejado. Seja porque realmente estava acordada fazendo algo ou porque estou deitada demorando para pegar no sono.

Também consigo fazer o acompanhamento dos exercícios, com dados como duração, frequência cardíaca, calorias e intensidade. Cada exercício tem dados diferentes para exibir de acordo com a modalidade. Eu acompanho caminhada, pilates, esteira e aparelhos de musculação.

O aplicativo do Samsung Health é bem completo e usando ele junto do Galaxy Watch eu consigo acompanhar os passos, tempo ativo e calorias gastas no dia de forma bem simples. Também é possível medir a composição corporal, ritmo cardíaco, estresse, oxigênio no sangue e pressão sanguínea. Para ter acesso a todas as funcionalidades, a Samsung meio que obriga a usar o smartwatch junto de um smartphone Samsung. Mas acredito que um Apple Watch ou qualquer outro smartwatch consiga fornecer dados suficientes para acompanhar a sua saúde.

Não largar tudo quando eu falho

Quando compartilho algumas dicas aqui no blog, sinto que pode ficar parecendo que eu sempre consigo seguir todas à risca. Mas eu tenho as minhas dificuldades para implementar cada novo hábito que decido iniciar.

Nenhuma mudança, por mais positiva que seja, acontece de forma totalmente natural. Por isso, é bom estar ciente de que precisa ter um certo esforço empregado nesse processo. Mas não podemos considerar que as falhas são um sinal de que não conseguimos. São apenas sinais de que a forma que tentamos não é a melhor e precisamos ajustar os nossos planos.

Eu costumava ser bem exigente comigo mesma e leituras como “Autocompaixão” e “Mindset” me ajudaram a ver que esse não era o caminho. Hoje em dia, tento me tratar da mesma forma que trataria outras pessoas. Eu nunca chegaria para alguém que não conseguiu melhorar algo na sua vida e falar que ela deveria desistir ou que ela não tem mais o que fazer para melhorar. Mas era esse tipo de coisa que eu falava para mim mesma. Uma abordagem mais gentil e pensamentos mais positivos me ajudou a persistir nessas mudanças.

Pode parecer um conselho estranho, mas repare em como você fala consigo mesmo. A sua voz interior te acolhe ou vive te criticando? Caso seja a segunda opção, talvez você deva trabalhar nessa característica antes mesmo de iniciar qualquer mudança na sua rotina.


Imagino que não estou sozinha nessa necessidade de fazer mudanças de vida. Era algo que sempre esteve à espreita, mas o pós-pandemia me fez pensar muito mais a respeito da vida que gostaria de viver. Principalmente por ter conseguido sobreviver a tudo o que aconteceu.

Não acho que vou parar de pensar em melhoria contínua e desenvolvimento pessoal, mas, com tudo o que compartilhei, entendo que agora posso ir fazendo mudanças mais lentas e graduais. O mais importante agora é monitorar se sigo fazendo as práticas que me propus a fazer e, caso não esteja, avaliar se faz sentido ajustar e continuar ou apenas tirar algo da minha rotina que não está mais fazendo sentido.

Caso esteja iniciando nessa jornada, te desejo boa sorte e te digo que é possível. Não é um “basta querer”, mas estar ciente dos problemas que você enfrenta e gostaria de mudar pode ser o primeiro passo.

Como sempre, a caixa de comentários está aberta para críticas, dúvidas e sugestões.

Até a próxima!

Leituras relacionadas

Caso queira seguir lendo sobre o assunto aqui no blog, segue uma lista de posts em que já compartilhei sobre a minha rotina ou que possuem informações relevantes para o seu desenvolvimento pessoal:

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